JOÃO BERTOLDO DA MOTA

    JOÃO BERTOLDO DA MOTA. Filho de Januário Francisco da Mota e Úrsula Maria de Lima, nasceu em Pentecoste Ceará em 29 de março de 1880 e faleceu a 27 de março de 1974 em Antônio Bezerra, Fortaleza onde reside a maior parte de seus familiares.

    Casou-se com Úrsula Braga Cavalcante em 30 de dezembro de 1904,de quem era parente. Do casal nasceram três filhos: José, Maria e Nazaré. Viúvo em 19l5,achou conveniente casar-se com outra parenta, também de nome Úrsula cujo nome completo era Úrsula Teixeira Mota e que não teve filhos.

    Sertanejo, trabalhador e econômico, sobretudo sincero, bom conselheiro e chefe de família exemplar, dedicava com austeridade os momentos de sua vida à agricultura, pequenos labores de simples mão de obra e era feliz para ganhar dinheiro com seus grandes esforços no trabalho. Foi proprietário de diversos sítios e fazendas de criar gado e tinha como lema de vida apoiar o homem que trabalha, ou seja, o homem rural com seu rude labor.

    Católico romano, sabia escrever um pouco e lia bem. De folga das labutas do dia a dia, tinha por hábito ler as Sagradas Escrituras, que sabia quase tudo de cor e estimava comentar suas diversas passagens. Consagrava seu carinho e sua vida às crianças e indistintamente dedicava o afeto com todas e caritativo com as necessitadas de meios de sobrevivência. Tinha para com as crianças e animais domésticos - os dois grandes motivos de sua dedicação e ternura. Ao deparar-se com os últimos fazia logo gestos de agrado e nenhum resistia sem ficar domesticado ou lhe querendo bem. Não tomava bebida alcoólica nem café e apreciava sobretudo frutas, doces e leite.

    O que mais chamou a atenção de todos que o observaram no decorrer de sua vida, foram seus hábitos simples aliados a seu caráter humilde e humanitário. Nem só numa situação calamitosa de uma seca mas em qualquer ocasião em que se fizesse necessário sua ajuda material, colocava à disposição de quem o procurasse os recursos de que dispusesse. O homem que não sabia dizer "não" chegava a esgotar a um tempo as reservas de primeira necessidade indistinta e independentemente de retribuição em benefício do próximo a quem tanto amava. Viveu uma vida fazendo o bem, semeando bondades porque foi um homem bom.

(JOÃO BERTOLDO DA MOTA, visto por seu neto Francisco Adonias Mota).