Os direitos de pessoas portadoras de necessidades especiais vêm sendo violados dia após dia. Basta dar uma volta pelo bairro para encontrar vários exemplos da falta de acessibilidade: calçadas sem rampas para cadeira de rodas, ônibus sem assentos especiais, ausência de sinais de trânsito sonoros suficientes, etc. Poucas são as iniciativas do poder público e sociedade para mudar essa realidade, por isso, aquelas ações que são realizadas com sucesso em nossa comunidade são dignas de aplausos e destaque em mais uma edição da revista de nosso bairro,que vem apresentar o que de positivo temos.

Os dias, anos, décadas mudam. Todos sabem que isso não é novidade para ninguém. O X da questão, muitas vezes é adaptar-se a essa mudança.

 O século XXI trouxe não somente uma mudança significativa no calendário da sociedade bem como também fez surgir pautas sociais e humanitárias. Igualdade sexual, respeito social, combate à fome, etc.

Desejamos uma atenção urgente do poder público e da iniciativa privada com a questão acessibilidade, ou seja, um conceito que impacte diretamente sobre a infra-estrutura no que se refere a engenharia e arquitetura através de adaptações nos projetos de construção possibilitando assim um acesso igualitário de pessoas com dificuldade de locomoção a diferentes locais promovendo assim a inclusão social.

Você sabia???

O intérprete educacional é o mediador da aprendizagem ao interpretar a fala do professor e traduzir os conteúdos apresentados nos livros, para a língua de sinais usada pelos alunos surdos.

Porém, não basta apenas ter um intérprete em sala de aula, mas sim que ele como profissional esteja qualificado para a atividade pedagógica. Na EEFM Patronato da Sagrada Família, D. Silvana, diretora da instituição de ensino, na época da matéria, aponta o quanto é importante e de grande relevância a participação da comunidade surda e seus familiares neste processo de relacionamento com a intérprete, que em muitos casos, a dificuldade em conseguir um profissional faz com que as escolas não absorvam a demanda existente em busca da inclusão.

Ao incluir as pessoas com deficiência, a escola também se tornou um ambiente mais propício à aprendizagem. Segundo Ticiane Forte, que já trabalha a 10 anos com libras, como intérprete, o que mais lhe emociona é quando uma criança surda começa a ler, facilitando assim o seu desenvolvimento para o mundo acompanhando as coisas que acontecem em seu cotidiano. Mesmo não sendo uma escola especial o Patronato aceita a inclusão. Quanto mais recursos a escola oferecer, menos limites as crianças terão.

 

 

 

A educação inclusiva se apoia na premissa de que é preciso olhar para o aluno de forma individualizada e colaborativa, contemplando suas habilidades e dificuldades no aprendizado em grupo. Isso não significa reduzir as expectativas da turma ou deixar de avaliar os estudantes: as metas de conquista do conhecimento são estabelecidas em consonância com o potencial de cada criança.

Instituto dos Cegos

A Escola de Ensino Fundamental Instituto dos Cegos, da rede pública estadual de ensino, no bairro Antônio Bezerra (Rua João Guilherme, 373),  apresenta a realidade cotidiana dos deficientes visuais atendidos no bairro Antônio Bezerra. Os resultados das atividades desempenhadas na escola demonstraram que as ações direcionadas aos alunos possibilitam a inserção do deficiente visual na sociedade, melhoria da qualidade de vida, favorecendo o processo de construção da cidadania e conquista da autonomia e alfabetização em braile ou escrita em negro (escrita do vidente). Atualmente 52 alunos frequentam a escola com frequência oscilante devido a saúde debilitada direcionando suas atividades dentro da área da informática com jogos e letramento usado para instruir e auxiliar o professor na sala de aula diz Daniele Inácio Magalhães, coordenadora pedagógica da escola.

 Orienta-se evitar excesso de proteção, pois isso prejudica o desenvolvimento da criança. Do ponto de vista da locomoção, procurar organizar o ambiente de forma que a criança cega se movimente e explore, sem deparar-se com situações desagradáveis e frustrantes (como, por exemplo, trombar com móveis, ou derrubar objetos, fora do lugar). Contudo, há dificuldades que fazem parte do aprendizado e que o educador poderá evitar. A criança precisa passar por riscos e enfrentá-los, para adquirir segurança e autonomia. Do ponto de vista da comunicação, a criança Deficiente Visual (DV) precisa ter oportunidade de esforçar-se: aprender a localizar o que quer e saber solicitá-lo adequadamente, sem que seus desejos sejam antecipados pelos que lidam com ela.

Fique Ligado!!!

Braille

O método Braille foi desenvolvido pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão quando tinha apenas três anos. Em 1827, aos dezoito anos, Louis descobriu um jeito de modificar a realidade dos cegos. Braille ouviu falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite, em lugares onde não se podia acender a luz. Assim, ele adaptou o método para a realidade dos cegos, com pontos em relevo (de modo que eles pudessem ser sentidos pela ponta dos dedos). Nascia assim, o método Braille, no ano de 1929.

Em 1852, ano em que o Método Braille foi oficialmente adotado na Europa e América, Louis Braille morria de tuberculose, em seu país.

Hoje um cego bem treinado no Método Braille pode ler até 200 palavras por minuto, apenas com o toque das mãos. Nas últimas eleições no Brasil, as urnas eletrônicas foram adaptadas para o Método Braille, de forma que os deficientes visuais também pudessem exercer seu direito de voto.

21 de Setembro

O Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. Foi escolhido o dia 21 de setembro pela proximidade com a primavera e o dia da árvore numa representação do nascimento de nossas reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições.

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos desde então em todos os estados; serve de momento para refletir e buscar novos caminhos em nossas lutas, e também como forma de divulgar nossas lutas por inclusão social.

A jovem cadeirante Míriam relata sobre as dificuldades que passa diariamente nas ruas de nossa cidade: “infelizmente na maioria dos bairros, em algumas igrejas estabelecimentos públicos ou privados parte das construções só tem escadas na portaria ou ladeiras muito inclinadas, apresentam muitos desníveis, possuem corredores muito estreitos e portas pequenas. Nas ruas a maioria das calçadas são com obstáculos, com buracos no calçamento ou asfallto. Para atravessara a rua são poucos os locais que apresentam rampa. Aqui no bairro nunca encontramos um telefone publico de tamanho adaptado para cadeirantes. até mesmo para locomoção a cidade nao está equipada, é praticamente impossível pegar o ônibus em horário de pico e mesmo as poucas linhas enfremos o despreparo dos motoristas que possuem mecanismo de acessibilidade e maioria das vezes não funciona como deveria. enfim, muita coisa ainda tem que mudar para a inclusão social através da acessibilidade ter o resultado tão esperado.”

NAPE no E.E.F.M. MONSENHOR DOURADO

O NAPE (Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado), acompanha crianças com  deficiências, no processo de inclusão e com dificuldades de aprendizado desde o ano de 2005.

O direcionamento das atividades vão desde crianças da própria escola, da comunidade bem como de outras escolas dando suporte necessário para um desenvolvimento pleno em sala de aula em busca da inclusão social de alunos com síndrome down, deficiente auditivo, autista e deficiência intelectual.

 O Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (NAPE) é um espaço educacional que se dedica à educação inclusiva oferecendo atividades de acompanhamento pedagógico individual/grupo em todos os segmentos da educação básica além de atividades esportivas, artísticas e culturais como também, atendimentos com psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos.

O NAPE trabalha, também, na formação de profissionais de educação no processo de inclusão de estudantes com necessidades educativas tendo como profissionais:

Terapeuta Ocupacional, Glaydiane; Pedagogas: Joana, Maria Tereza, Gleyce, Valéria; Fonoaudióloga: Rosamélia; Assistente Social: Júlia Matos e a Psicóloga Zilda.

Por: Inácio Rocha