Cearense
sabe fazer festa! |
No
meu primeiro post, vamos falar de uma coisa
que gosto muito (fora mulher bonita e Internet
é claro), que é o forró.
Forró pro cearense é massa! É
a nossa “balada” favorita (como
dizem os paulistas), é a nossa cara.
Têm um swing só nosso, com batidas
regadas a uma boa sanfona, e letras bem características
com o nosso humor. E é nos clubes de
forró onde as tribos se encontram, sem
haver distinção de nível
social, e fazem sua confraternização
quase que semanal, onde extravasamos toda nossa
alegria regada a muito “uísque
e red bull”, combinação
típica que não falta a na mesa
de um bom cearense numa festa dessas, que gosta
de dançar coladinho ou até mesmo
com passos ensaiados, o importante é
nos sentirmos bem e fazer bonito no salão.
Quem não gosta disso? (rs...)
E pra quem não conhece um forró,
vá a um e tire suas próprias conclusões.
Vou contar aqui um pouco da história
do forró.
Forró
vem de forrobodó, expressão usada
desde o inicio do século passado, que
significa baile popular no nordeste. Outra versão
- esta contestada por todos os historiadores
mais conceituados sobre o gênero - sustenta
que vem do inglês "For All",
que quer dizer "para todos". Eram
bailes organizados pelos trabalhadores britânicos
no nordeste, como o nordestino de sotaque carregado
não pronunciavam a palavra correta ficou
forró. Inicialmente forró era
o local dos bailes, depois passou a designar
o tipo de música dançada nos bailes,
típicas dos festejos juninos. A formação
tradicional é: Sanfona, Zabumba, Triângulo
e Pandeiro, modernamente englobam tudo dança
e música, vários gêneros
como baião, xote, xaxado, côco-de-roda,
vaneirão, etc.
Em Fortaleza, na década de 80, o forró
ainda era um ritmo restrito aos salões
particulares e aos admiradores do ritmo. Foi
nessa época que surgiram dois fenômenos
cearenses que expandiram o gosto pela música
nordestina. Embora cantando diferentes estilos,
Eliane, a rainha do Forró, com suas marchinhas
e lambadas, e a dupla Sirano & Sirino, com
o baião e o forrobodó, chegaram
a conquistar palcos nacionais e discos de ouro.
Hoje o forró tem os seus ídolos
e pode ser considerado um ritmo mais original,
que apesar de suas várias modificações,
sempre conservou instrumentos originais de sua
base. Os meios de comunicação
abrem cada vez mais espaço para este
ritmo, já que muitos eventos levam multidões
de pessoas transformando-se em verdadeiros mega-shows.
Não tem como resistir. O forró
dominou o cenário musical brasileiro
e, hoje, não há sequer um cantinho
do Brasil que não saiba cantarolar os
hits desse ritmo que faz o mais tímido
dos mortais ter vontade de dançar agarradinho
no salão.
Abraço
e muito forró na veia!
Gláucio
Bruno.
É estudante e colunista do site
do bairro Antônio Bezerra
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