Não
existe nada melhor do que ser jovem. Poder lembrar
das tardes que brincava com os coleguinhas de
pega-pega ou de esconde-esconde; poder olhar
para frente e fazer planos para o "quando
eu for pai/mãe"; e ainda poder dizer,
"quando eu tiver 60 anos...". Ser
jovem é ter uma vida inteira nas mãos.
Há
muitos séculos o jovem é visto
como rebelde, inconseqüente, irresponsável,
hoje pesquisas mostram que os jovens possuem
ideais e noções amplas sobre o
mundo. Porém, tudo em seu tempo. Não
se pode exigir de um garoto de 15 anos que ele
reaja como seu pai numa determinada situação,
mas podemos considerá-lo muito parecido
com seus colegas de turma, pois estes sim possuem
atos semelhantes.
Viver
em turma... A busca por uma turma é,
em geral, um refúgio, é a vontade
de agir por si só e se desvincular de
seus pais. Inseguros, agressivos e inconstantes,
os adolescentes procuram formar uma identidade
que lhes satisfaçam. Esta identidade
se dá na segurança que encontram
num determinado grupo. Esta é a explicação
dos adultos para andarmos em bandos, para nós
significa apenas que "É
DA HORA!!", mas enfim... os adultos
vivem tentando nos desvendar...
Nas
grandes cidades, principalmente, encontram-se
as tribos juvenis, que são grupos de
jovens que falam a mesma língua, possuem
os mesmos costumes, em busca do encontro, do
proibido, do prazer, de diversão e de
um ideal que os façam diferentes.
Numa
tribo rola lealdade entre seus integrantes e
muito companheirismo. Fazer parte de uma tribo
torna o jovem mais espontâneo e sociável
(palavra de adulto). Ter amigos com quem nos
identificamos, possibilita nosso contato com
o mundo e sua melhor compreensão. É
claro que cada tribo lê este mundo numa
linguagem diferente, há os que lêem
de roupas pretas ao som de Sepultura, há
os que lêem de abadá ao som de
Chiclete com Banana, ou ainda os aqueles que
de mãos dadas louvam a Deus.
Existe
uma infinidade de tribos, os clubbers, punks,
rpgistas, micareteiros, forrozeiros, góticos,
evangélicos, blogueiros, vestibulandos
e etc, mas o melhor em fazer parte de uma tribo
é que todo mundo se respeita e compartilha
momentos de alegria juntos.
É
importante que a tribo ajude você a crescer
e a ver a vida como ela é, e também
que lhe ajude a pisar num caminho de responsabilidade,
para que você possa aproveitar sua juventude
sem sentir as tantas dores do mundo. Faça
da sua tribo uma segunda família, e não
torne sua vida um 'programa de índio'.
Hoje
podemos fazer parte de uma tribo sem sair de
casa, basta acessar a Internet e conhecer uma
porção de gente para fazer barulho
com você, pessoas que têm a sua
cara.
Cara?
é sim. Uma tribo é formada de
caras que possuem as mesmas idéias e
gostos semelhantes. Por isso, há tantas
tribos por aí. Basta você se juntar
a 2 ou 3 colegas, se apegarem a alguns gostos
em comum, assumirem uma postura única
sobre uma determinada coisa, e pronto, já
viraram uma nova tribo.
Lembro
que na minha época de colégio
tinha umas garotinhas apaixonadas pelos Hanson,
eram todas iguais, patricinhas, magrinhas e
de frufrus nos cabelos, acessórios sempre
cor-de-rosa e sapatinhos estilo boneca, andavam
com pastas lotadas de recortes sobre os três
irmãos e cantavam todas as músicas
o dia todo. E todos nós, que não
éramos como elas, as chamávamos
de "Hansoletes”.
E
é isso aí. Fazer parte de uma
tribo é fazer o que gosta, com pessoas
que também gostam, é sair da homogeneidade
do mundo para assumir uma identidade, a fim
de defender um ideal.
E
você? Qual a sua tribo? Aposto que é
a sua cara!
Gláucio
Bruno.
É estudante e colunista do site
do bairro Antônio Bezerra
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