TATUAGEM:
SIMBOLO DE REBELDIA QUE VIROU VAIDADE |
Foi-se
o tempo em que a tatuagem era símbolo
de rebeldia. De tão comum, virou um acessório
do corpo. Depois da fase dos desenhos tradicionais
de marinheiros, dos símbolos tribais
e dos motivos orientais, com dragões
e ideogramas, a moda são os grafismos
e a releitura de motivos clássicos, como
corações partidos e personagens
de história em quadrinhos, sobretudo
com efeitos em “3D”.
Discretas,
as tatuagens conquistaram a pele de modelos,
das patricinhas e dos adolescentes em geral.
É claro que o preconceito ainda existe
e que o exagero talvez se torne uma dor de cabeça
na vida adulta. Em carreiras conservadoras,
como medicina e direito, a tatuagem pode ser
encarada como rebeldia ou um perigoso sinal
de desleixo, o que não quer dizer que
médicos e advogados não possam
ter uma. Na hora de escolher o lugar, é
só dar preferência a locais do
corpo fáceis de esconder com roupa.
A
panturrilha, a parte interna do antebraço
e o ombro são as regiões preferidas
dos garotos. Já as meninas tatuam mais
o tornozelo, a nuca, a virilha e a base da coluna
vertebral. Em alguns lugares do Brasil, como
São Paulo, é proibida a tatuagem
em menores de idade. Ignorar a lei tem seus
riscos. Os bons estúdios (locais onde
se fazem tatuagens) são limpos e utilizam
material descartável, mas costumam seguir
a legislação à risca, mantendo
menores à distância. Como tatuar
virou moda, surgiram muitas arapucas com gente
mal preparada trabalhando sem higiene. Portanto,
todo cuidado é pouco. Fazer tatuagem
num estúdio qualquer, nem pensar. Não
vale a pena correr o risco de sair de lá
com alguma doença grave, como AIDS ou
hepatite B.
Para os arrependidos,
a medicina sempre guarda uma segunda chance.
Ou quase. Tirar a tatuagem dá trabalho
e custa caro. E o resultado nem sempre costuma
ser perfeito. O método mais eficaz ainda
é o laser. Só que os feixes agem
melhor em cores escuras. A cor mais fácil
de retirar é o preto, e as mais complicadas
são as mais claras e parecidas com o
tom da pele, como amarelo, laranja e vermelho.
Nesses casos, ainda vale a sentença de
que, uma vez feita a tatuagem, é para
sempre.
Gláucio
Bruno.
É estudante e colunista do site
do bairro Antônio Bezerra
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