Untitled Document


Bairroantoniobezerra.com.br
 
Untitled Document
Pesquise no Site
 
Fortaleza

Sobre o Site
Seu Nascimento
No Zoeira
Na Boca do Povo
No VivoBlog

Desaparecidos




Nosso bairro
Home
Fundador
Histórico
Tour pelo Bairro
Fotos do Bairro
Palavra do Cidadão
Memórias
Entrevistas
Biografias
Mapa
Garota do Mês
Gato do Mês
Artistas
Desaparecidos
Coberturas
Colunistas
Aniversariantes
Bab Jogos
Homenagens
Campanhas
Vídeos
Rádio Online
Museu Virtual
Notícias
BAB Ecologia
Power BAB Point
Livro de Visitas
Guia Comercial
Animais
Auto Peças
Animação-Eventos
Borracharias
Buffets
Construção
Ciclopeças
Contabilidade
Criação de Sites
Eletro - Informática
Eletrônica Serviços
Escolas Particulares
Escolas Públicas
Facções
Frigoríficos
Informática
Loja de Cosméticos
Odontologia
Retíficas
Vidraçarias
 
 
Recomende

 

 

 

Autor: Valentin Santos

Feira Livre
Nossa História

Em todas as cidades do interior e alguns bairros das cidades existe uma feira de livre comércio com dias determinados onde as pessoas se reúnem para comprar ou vender. São momentos festivos onde todos, independente de sexo, cor ou religião, aproveitam como momento de distração. Sua origem é milenar, vindo dos povos fenícios que descobriram novas rotas comerciais marítimas e dominaram todo o mediterrâneo.

     Os primeiros registros de feira no Barro Vermelho foram descritos por Antônio Bezerra, em seu livro "Notas de Viagem ao Norte do Ceará", onde ele registra a vinda de comerciantes da cidade de Soure, antigo nome da cidade de Caucaia, para comercializar seus produtos com os moradores dos sítios e chácaras do Barro Vermelho. O local da feira, que acontecia mensalmente, ficava em frente à casa de Antônio Bezerra, e hoje, no local, está edificada a Igreja Matriz.

     Em 1955 surgiram ao lado da igreja as barracas de frutas, cereais e verduras. Era o início propriamente da feira no bairro Antônio Bezerra, que se realizava aos domingos pela manhã, mas devido ao barulho e a sujeira que os feirantes deixavam, houve um desacordo por parte do vigário.

     Em 1959, Maria Eulina Vaz, mais conhecida como "Maria Paraybana", José Gerardo da Silva e Gerôncio Bezerra da Silva, que juntos haviam iniciado a feira anteriormente, montaram suas barracas no largo existente entre a rua Dr.Vale Costa e a Avenida Mister Hull, vizinho à padaria santa Maria e a mercearia Brasília de propriedade do Sr.Djacir. Nesta época a feira teve seu melhor período de expansão comercial. Várias barracas de cereais, frutas, verduras e carnes tornaram seu comércio intensivo com a participação de todos os moradores do bairro e adjacências. Não existiam os supermercados e todos compravam nas feiras livres que funcionavam aos sábados e domingos.

     Com o alargamento da Av. Mister Hull, em 1976, a feira foi transferida para a rua Manuel Nunes, depois para apraça Ipiranga, antiga base aérea, local onde hoje existe um conjunto habitacional. Depois de muita luta, o vereador Gerôncio Bezerra consegue estabelecer a feira na rua Dr. Vale Costa, vizinho ao cemitério, ocupando toda a extensão da rua, onde funcionava aos domingos pela manhã.

     A feira torna-se uma concentração popular que resiste ao tempo. Sua existência é para muitos uma forma de sobrevivência, de geração a geração, tornando-se cada vez mais presente na vida dos seus freqüentadores e vendedores, como o senhor José Gerardo da Silva, um dos três fundadores que ainda trabalha na feira. Ele nos diz: "A feira foi muito boa para nós no período de 60 e 70, hoje as barracas aumentaram em 20%. Com o surgimento dos supermercados, as barracas de cereais desapareceram das feiras. Antigamente eram cinco barracas de frutas e hoje são mais de vinte. Para mim a feira é tudo na minha vida. Sem ela eu não existo."

     Hoje encontramos na sua extensão quase tudo. Frutas, verduras, carnes, aves, confecções, utensílios domésticos, raízes, comidas, condimentos,e, no final da rua, a famosa feira de troca, onde são comercializados todo tipo de mercadorias.

     A feira exerce um fascínio nas pessoas com sua magia secular, na forma de cultura, arte e poesia, pois todas as formas de artes estão ligadas a feira. Na própria literatura encontramos referência a ela, dos fenícios, egípcios, romanos e árabes.

     A feira não é somente no bairro de antônio Bezerra, nem no Brasil ou nos países em desenvolvimento, hoje ela continua viva nos países mais. É comparada a um templo onde se reúnem vários tipos de pessoas. Se você observar, todos os freqüentadores estão alegres. Lá estão pobres, ricos, doutores, os lixeiros, os pretos, brancos, religiosos, políticos em época de eleição, os comerciantes...enfim, é uma reunião de todas as classes sociais sem distinção. A feira é uma forma de comunicação popular verdadeira onde sabe-se, escuta-se, fala-se de tudo. Lá encontramos os mais variados tipos de comércio.

     Maria Paraybana aposentou-se e continua morando no bairro; Gerôncio Bezerra foi vereador por vários mandatos e depois deputado estadual, sempre defendeu os feirantes na sua luta(faleceu em 20 de julho de 2004); José Gerardo continua vendendo na feira com barraca de frutas.

Até a próxima!

Veja em vídeo Valentim Santos em seu programa

 

Valentim Santos
é Ambientalista, Historiador e colunista do site do bairro Antônio Bezerra

 

Comente esse artigo

Untitled Document

      História do Bairro ( Valentin Santos )
     »Becos
      » Estrada Férrea
      » Chácara Salubre
      » Feira Livre

      História ( Valentin Santos )
     » A ORIGENS DOS MONUMENTOS.












 
Untitled Document
|||||||| Fale Conosco | Orkut | (85) 3235-4270 | (85) 8633-9404 ||||||||
© 2005 Bairro AntônioBezerra.Com.Br - O Site do bairro Antônio Bezerra. Todos os direitos reservados.