Cemitério
Público
Não
existem registros precisos sobre a existência
de um cemitério público nos primórdios
da colonização do Barro Vermelho.
Os
primeiros registros datam de 8 de Maio de 1884,
quando foi construído o Cemítério
de São Casemiro, localizado no campo
da Amélia, hoje, Praça Castro
Carreira, conhecida como Praça da Estação.
O
campo foi construído em 29 de junho de
1830 em homenagem a imperatriz D. Amélia
de Leuchetmberg. Foi um campo de treinamento
e hipismo. Construído pelo engenheiro
da Província, Juvêncio Manoel de
Mensese, por ordem do Presidente da Província
José Sarmento. Localizava-se no lado
poente de campo, era murado e tinha uma capela
na entrada do terreno que era dividido em dois
lados. Na esquerda ficava o lado conhecido como
o campo dos ingleses, onde geralmente eram sepultados
os estrangeiros.
Por ser próximo da praia,existia uma
duna conhecida como morro do Croatá que
devido aos ventos e a areia foi aterrando lentamente
o cemitério, que foi demolido em 26 de
fevereiro de 1880 e construído o cemitério
de São João Batista em abril do
mesmo ano no bairro de Jacarecanga.
Alguns moradores
afirmam que os seus antepassados falavam que
naquela época era comum as pessoas serem
enterradas nos próprios sítios
onde residiam nas zonas mais distantes do centro
de Fortaleza. Vários eram os motivos
que levavam os moradores a agirem dessa forma.
A dsitância e a falta de transporte dos
corpos, não existia lei sanitária
que determinava a obrigatoriedade dos enterros
em cemitérios públicos e pela
falta dos mesmos em zonas urbanas, surgidos
somente em 1902.
Em
1910, surgem os primeiros cemitérios
públicos urbanos como o de Parangaba.
Em 1935, alguns moradores do Barro Vermelho
reuniram-se para a contrução de
um cemitério no bairro, dentre eles destacamos:
Sr. Manoel Rodrigues Venâncio, irmão
do Sr. Cizisnando Rodrigues Venâncio,
que construiram em um terreno localizado ao
lado esquerdo do Patronato da Sagrada Família.
Em 1937 com alargamento das ruas do bairro,
foi modificado sua estrutura para o atual, segundo
nos afirma o Sr. Antônio Braga Venâncio,
que presenciou os translados dos corpos para
o cemitério atual.
No cemitério
de Antônio Bezerra estão repousando
os entes queridos das principais famílias
do bairro: Couto Bezerra, Teixeira Campos, Giffony,
Rebouça Brasil, Uchôa, Santos,
Bezerra de Menezes, Matos Dourado, Pessoa e
Mendes, dentre outros. O cemitério atual
está lotado, sendo nescessa´rio
a ampliação do mesmo. Por conta
disso, algumas famílias já utilizam
outros tradicionais cemitérios de Fortaleza.
Veja
em vídeo Valentim Santos em seu programa
Valentim
Santos
é Ambientalista, Historiador e colunista
do site do bairro Antônio Bezerra
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