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Autor: Pe. Almir Magalhães
Sacerdote e Pedagogo

A paz é fruto da justiça


 O tema da Campanha da Fraternidade deste ano, cuja abertura se deu em nível nacional na Quarta-Feira de Cinzas, é Fraternidade e Segurança Pública e o lema é "A paz é fruto da Justiça".

    As perguntas que emergem diante desta temática são: o que tem a ver a Segurança Pública com a Igreja, com a Religião? Não é uma realidade que diz respeito aos órgãos de segurança, à sociedade civil, uma questão de cidadania? Outros perguntarão: diante do contexto de Igreja em que vivemos, qual será a ressonância desta abordagem nas bases (paróquias e áreas pastorais)? Enfim, por que a Igreja Católica traz à tona uma reflexão focada neste tema?

    As respostas seriam diversificadas, entretanto, o espaço exige objetividade e neste sentido vamos encontrar a resposta no lema desta campanha e em algumas idéias colocadas no texto-base (TB) da Campanha da Fraternidade.

    O texto desmistifica uma idéia comum na sociedade brasileira, segundo a qual "o povo brasileiro é um povo pacífico", mostrando situações de conflitos violentos e clima de insegurança, buscando a fundamentação na própria história do Brasil, que contradiz esta afirmação, constituindo-se, destarte, num equívoco (a colonização, a convivência com os povos indígenas e negros, o mito da democracia racial, o desrespeito e a violência contra as mulheres... (cf. TB. nn. 11 a 20 ).

    Mostra também que a questão da segurança tem como fonte de conflitos a injustiça social, manifestada de diferentes formas como a concentração de renda, a não satisfação das necessidades básicas de grande parte da população e o processo cada vez mais crescente da exclusão social, cada dia com novos desdobramentos, que parcelas consideráveis da população convivem diariamente com a falta de recursos básicos para uma vida digna e até mesmo para a própria sobrevivência, o que significa dizer que a falta de moradia, de educação de qualidade e a realidade da miséria acabam por dar insegurança às pessoas (Cf. TB 130,131) e que "todo ato de injustiça e desamor é pecado e fonte de violência. Ela sempre aparece quando é negado à pessoa aquilo que lhe é de direito a partir de sua dignidade (o destaque é meu) ou quando a convivência humana é direcionada para o mal. A violência nega a ordem querida por Deus" (TB 197). Identifica esta injustiça social, salientando que enquanto a base das relações sociais for a economia, a sociedade vai se caracterizar por privilégios, ou seja, o poder econômico intimamente associado à conquista de privilégios. Persistindo esta mentalidade, ela se torna causa de insegurança (cf. TB 2580).

    Outro aspecto importante a acentuar é que a "paz e a segurança, mais do que discursos ou conjuntos de propostas, deve constituir-se em mentalidade que determine o modo de pensar e de agir de todas as pessoas: deve ser expressão de uma cultura" (TB 242). O que se deduz daí é que não são suficientes as famosas "caminhadas da paz" promovidas por algumas instituições, sobretudo por escolas e igrejas de formas isoladas, sem estarem associadas a um conjunto de iniciativas, fazendo assim parte de um programa que ajude a ir criando uma outra mentalidade que supere a atual, muito marcada pela vingança, pela retaliação.

    Chama a atenção para a responsabilidade pessoal diante do problema da violência e da promoção da já citada cultura da paz, porque estamos sempre identificando a violência no outro, na marginalidade. Não dá para pensar a questão da segurança apenas como um dever do Estado, porquanto como cidadãos deveremos sempre exercer este direito e cobrar ações do mesmo. Fundamental pensar também nas nossas agressões, nos atos de violência que praticamos, na cultura de vingança e assim cada um projetar a mudança de comportamento.

    O tempo da Quaresma é um espaço educativo e favorável para a conversão, tendo como fonte e horizonte desta mudança a pessoa de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz e sua proposta de vida digna para todos.

    O papa Bento XVI enviou ao presidente da CNBB no dia 25 de fevereiro passado mensagem sobre a CF deste ano e, lembrando a Quaresma, afirma: "A Quaresma nos convida a lutar sem esmorecimento para fazer o bem, precisamente por sabermos como é difícil que nós, os homens, nos decidamos seriamente a praticar a justiça - e ainda falta muito para que a convivência se inspire na paz e no amor, e não no ódio ou na indiferença".

PADRE ALMIR MAGALHÃES.

Pe. Almir
é sacerdote da Arquidiocese de Fortaleza, Reitor do Seminário Arquidiocesano São José (Filosofia), Professor do Itep e mestre em Missiologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma e colunista do site do bairro Antônio Bezerra.

 

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